Hoje, pensei novamente que gostaria de entrar em um mundo paralelo. Me abandonar, deixar minha cabeça turbulenta para trás e buscar (achar) um certo tipo de paz. Quando volto a pensar dessa maneira, me surpreendo e me assusto com as linhas escritas que aqui seguem meus pensamentos. Se no mundo dos sonhos eu pudesse abandonar tudo aquilo que me agonia, não seria então, mais feliz? Provavelmente, alguns diriam; mas apesar da obviedade de fugir da dor, não acredito que isso esteja certo.
Assim que penso em dor, penso sim em tudo aquilo que trouxe tal sentimento, que não tive controle: pessoas, momentos, acontecimentos.... Entretanto, volto a pairar sobre minhas memórias e a mim mesma. Ouso dizer que meu maior problema sou eu, pelo menos culpo a massa cinzenta que carrego, melhor dizendo, que me carrega, ora de um lado, ora doutro. Sou rainha, graduada e expertise em pensar como mim mesma, eu, sendo eu, estou terminantemente afugentada em um oceano próprio, onde sou a que precisa de ar.
As bolas metálicas no fundo desse grande oceano que sou, agarradas a minha perna, ora me afogam ainda mais, ora somem com toda água e viram ar em um novo fôlego; e mergulhada em si, em mim, nado graciosamente.
Temporona
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