Eu pensei que estava construindo um caminho de alguma certa coisa para chegar em um lugar que eu me sentiria feliz e confortável. Eu visualizei esse caminho, eu vi o que estava me aguardando nesse futuro parte utópico, parte tocável. Eu senti uma adrenalina, uma excitação antes de dormir esperando o amanhã chegar.
Não acho, não posso achar e nem mesmo pode ser tudo em vão. Aceito que fui feliz com o vislumbre da promessa. Nada seguiu meu contrato imaginário com o destino. Foi um tiro pela culatra. Atirei em mim mesma. Me desiludi.
Preciso passar um minuto longe da minha realidade cotidiana. Enfiar minha cabeça de baixo da terra, feito avestruz. Preciso buscar fôlego, me concertar na minha respiração, e finalmente, com ar limpo nos pulmões, aceitar que acabou.
Minha maldita cabeça pensa antes do tempo passar, e corre antes das pernas se mexerem é a mesma bendita cabeça me ajuda a me reerguer depois de cada tombo.
Temporona
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